O problema das redes sociais
O problema das redes sociais
Um filme que te trará reflexões absurdas sobre política, comunicação e marketing.
Para dar início a nossa newsletter, achei interessante compartilhar com vocês a minha resenha sobre a “Rede de Ódio” (2020), um filme polonês de drama e suspense dirigido por Jan Komasa que está disponível na Netflix. Que te trará reflexões absurdas sobre política, comunicação e marketing.
Hoje, o Design não será o foco do assunto, mas como eu sempre digo, tudo é design. Então, só não ver quem não quer a importância (positiva e negativa) das profissões criativas em um contexto como este.
O filme se passa em 2020 e de primeira já nos apresenta uma realidade política na Polônia, duas ideologias opostas que em pleno século XXI ainda estão sendo discutidas.
“É difícil crer que fascistas protestam nas ruas em pleno século XXI”.
Tomasz é um rapaz aparentemente obcecado pela família progressista e de classe alta, em especial pela filha deles, Gabi. Uma suposta paixão do personagem é nutrida e a partir do momento que ela passa a não ser correspondida como desejado, sua esperteza em investigação e redes sociais é usado não somente para conquistar as pessoas que ele gostaria, mas para fazê-los sofrer através de toda uma cascata de ódio através da internet e das eleições da prefeitura da cidade, que tem influência e reflexo imediato na vida desta família.
– Não acha que marketing não deve exceder os limites éticos?
– Se quisesse fazer marketing, eu iria a uma agência de publicidade.
A partir de um determinado momento ele ganha espaço e aos poucos conquista mais autonomia em seu novo emprego. O protagonista passa a ter uma dupla vida, de alguém que por trás do computador dissemina ódio, cria estratégias de marketing anti-éticas, fakenews e entre outras inúmeras coisas que cabe a você assistir o filme para saber, mas que apesar de “brincar” com a realidade, é um filme que contém muitas verdades.
Paweł Rudnicki, o candidato liberal, tem como um dos seus mais fieis apoiadores o próprio Tomasz, e em meio a uma relação criada entre eles, que pessoalmente eu amei e ao mesmo tempo senti tanto ódio, o protagonista intercala os dois lados, se tornando a pessoa mais forte e anônima de um lado a outro, lutando ao mesmo tempo a favor e contra. Ele é o próprio suporte emocional quando o Pawel mais precisa e o seu maior inimigo. E mesmo que você tente culpar completamente o Thomas por tudo no final do filme, o marketing e as mídias usadas por ele, trazem benefícios a ambos os lados.
Pense nas milhares de pessoas que querem votar em você. Elas acreditam num mundo livre de populismo e maldade. Não pode tirar isso delas agora.
O filme chega ao seu clímax quando menos se espera e a carga de profundidade dá um nó completo. A realidade do filme muitas vezes se confunde com o real, mas o conteúdo presente é tão significativo e crítico que torna o filme incrível.
A questão é, até que ponto a internet pode ser um instrumento de influência na nossa sociedade?
Por fim, não se esqueçam: o dialogo é um valor que deve ser nutrido por todos nós. Podemos transformar a vida de alguém para o bem ou para o mau com um simples post na internet e principalmente através das nossas profissões.
Agenda
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Sempre trarei convidados especiais e profissionais do setor criativo, para realizarmos entrevistas e abordamos temas sobre Branding, Design e Comunicação.
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Prazer, Bruno!
Para você que ainda não me conhece e chegou aqui de paraquedas: seja muito bem-vindo! Me chamo Bruno Rodrigues, Publicitário e Designer, Especialista e Consultor de Branding.
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